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Mostrando postagens de agosto, 2018

Sobre malandros e indolentes

Minha trisavó materna chamava-se Joanna e nasceu em 1867 em Corrientes na Argentina, filha de um negro com uma índia ou vice-versa. Creio que minha família não tem informações mais precisas sobre seus ancestrais, tampouco sei como ela passou a viver na região centro do Rio Grande do Sul numa fazenda de gado de uma família numerosa, cuja mãe faleceu cedo deixando muitas crianças para cuidar. Joanna, provavelmente era escrava da casa quase a ponto de obter a liberdade pela Lei da Abolição da Escravatura de 1888 quando teria 21 anos, já que a Lei do Ventre Livre não a libertou, pois já havia nascido há 3 anos quando a lei foi promulgada.  O que se sabe é que ela virou a companheira do senhor viúvo, branco de 33 anos quando tinha apenas 14 anos de idade e com ele teve 12 filhos—algum familiar me corrija se eu estiver errada— incluindo minha bisavó. Juntando a prole da primeira esposa com a que viria a ter Joanna ao longo dos anos, já que era quase uma menina quando se juntou com meu tri