Foto: Arquivo Pessoal 2020 foi o primeiro ano da pandemia, o ano do confinamento, quando a vida paralisou e o mundo foi impactado por uma enfermidade desconhecida, quando pensávamos estar definitivamente a salvo das doenças infecciosas em pleno século XXI. No entanto, minha vida já havia sido afetada desde o final de 2018 por outra enfermidade que existe desde que o mundo é mundo e que a ciência ainda não conseguiu descobrir a cura completa, tal é a complexidade desse mal chamado câncer. Alguns familiares meus foram contaminados, mas não perdi ninguém para a Covid-19 —e espero não perder, pois a pandemia ainda não acabou. No entanto, perdi meu marido para o câncer depois de um longo tratamento que em diversas ocasiões era pura tortura. O sofrimento pelo qual ele passou é indefinível com palavras. A equipe médica desde o princípio emitia falsas esperanças, talvez para cumprir protocolos, até que um dia falaram a verdade.
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