Foto: Arquivo Pessoal Já parei de contar em quantas casas morei, passam de 20 e em vários lugares. Lembro de quase todas. As que vivi com meus pais foram inúmeras. Mudei de colégio várias vezes, os primeiros tempos sempre eram difíceis, mas acabava me adaptando. Cresci numa metrópole e fiz o caminho inverso de meus pais, quando fomos para o interior no começo da adolescência. Convivi com costumes e culturas os mais diversos e percebia as peculiaridades de cada região. Muitas não me agradavam. Minha trajetória de vida é feita a pedaços de lugares e sempre me senti deslocada de onde vivia, talvez até hoje, fuera de lugar . Tenho três casas especiais. A primeira é a da infância, meu maior arraigo, minha principal referência e que já detalhei num texto antigo no blog. Morei até os 12 anos naquela esquina no meio do bairro Bela Vista, Porto Alegre. A casa não existe mais há décadas, virou um prédio de apartamentos. A segunda é a minha prime
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