Uma tradução livre de nomelotomescomoalgopersonal.blogspot.com “Meu marido me bate na medida do normal”, confessava aquela mulher e, com razão, as pessoas levavam as mãos à cabeça ao escutá-la. O que parecem não se dar conta é que esse, precisamente esse é o argumento base com que convivemos. O normal como explicação a tudo e o anormal como causa de todos nossos problemas. Quando eu vivia em Londres a anormal era eu, por não jantar às 6 da tarde, por não passar o dia dizendo “sorry” e “thank you”, por ser mal educada aos olhos da Europa. Na Alemanha, Holanda e Bélgica eu era a anormal por não saber dizer nenhuma frase em seu idioma. Na Polônia, ainda que alguns me confundiam com um deles, eu era anormal. Na França, Portugal e Itália também a anormal era eu, apesar de ser mediterrânea. No Vaticano e Mônaco, por razões evidentes, a anormal era eu. No Ocidente, a anormal era eu por mudar para a África e para o Oriente Próximo. No Marrocos, a anormal também era eu, por ser atéia confess
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