Foto: Arquivo Pessoal Ele despertou devagar, sentindo-se um pouco atordoado, sem noção de hora, nem dia, nem lugar. Parecia que havia dormido uma medida de tempo totalmente indefinida. Abriu os olhos aos poucos e a visão foi aclarando. Havia luz natural de um dia de sol, que chegava de uma janela com uma fina cortina branca e transparente que tremulava por conta de suave brisa que vinha de fora. Estava deitado numa cama estreita e macia e os lençóis brancos cheiravam algo semelhante a alfazema. Olhou para si mesmo e viu seu corpo, mãos, tronco, braços, pernas, sua musculatura era de jovem, forte como quando tinha trinta, quarenta e até aos cinquenta anos. Sem demora, passou a mão pelo rosto e sentiu a pele sadia, totalmente hígida e íntegra, com um pouco de barba crescida. Nem rastro daquela ferida enorme que tinha na mandíbula e nenhum desconforto físico. Se sentia inteiro, só ligeiramente aturdido e muito confuso. Tentou levantar-se, mas sentiu uma leve tontura, deitou-se de novo
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