O silêncio invariavelmente é saudável, instrutivo, reflexivo, prudente, calmante, paliativo nas dores e nas tentativas de compreensão da realidade. Mas existe um silêncio que ensurdece, que machuca os ouvidos alheios e que revela um estardalhaço de verdades muito mais do que um discurso articulado e coerente. 2019 começa com esse silêncio, um retumbante e ensurdecedor mutismo coletivo. É o silêncio daqueles que dizem não ter nada com ISSO, pois o mundo a sua volta é somente um habitat que não exige comprometimento e interação. É o silêncio dos vaidosos que só percebem a si mesmos como criaturas e suas próprias conquistas como única fonte de contentamento e forma de vida. É o silêncio dos cruéis, perversos e cobiçosos que colocam nos ombros do outro a culpa de suas próprias fragilidades ou se valem das fragilidades do outro para sacar-lhes o pouco que lhes resta acumulando assim fortunas privadas oriundas de patrimônio público. É o silêncio dos rudes, dos ignorantes, dos equivocados, d
Contos, crônicas, viagens, sentimentos, escrita criativa para inventar e curar a vida.