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Mostrando postagens de junho, 2020

Intelectuais desmoronam

O Pensador de Rodin - Pixabay Lya Luft, escritora gaúcha escreveu dezenas de livros e traduziu outras dezenas de autores importantes no idioma alemão em que era formada. Eu li só Perdas e Ganhos da autora e confesso nem lembro mais do que se trata, mas tinha respeito por sua obra. Hoje me surpreendo—ainda tenho essa capacidade—com a declaração dessa senhora à Folha de São Paulo, dizendo-se arrependida de seu voto no atual presidente. Na minha opinião, Lya Luft e Regina Duarte são da mesma natureza. Uma traduz tecnicamente livros que não lê,  a outra interpreta tecnicamente personagens que não entende. A miséria intelectual, o analfabetismo político e a irresponsabilidade cidadã estão escancaradas na classe média brasileira, cujos representantes demonstram isso assim naturalmente como se falassem de trivialidades. Bem, trivialidade e dissimulação nesse caso são especialidades nessas pessoas. Dizer que estava "cansada" do PT por causa da "esculhambação e da corrupção&quo

Coisas que muitos brasileiros ainda não entenderam sobre a Pandemia, segundo quem viveu o lockdown na Espanha

1. O coronavírus é um vírus DESCONHECIDO, ainda está sendo estudado pela comunidade científica internacional. Não tem vacina para prevenir o contágio e tampouco um medicamento eficaz para a cura dos infectados. 2. O coronavírus já infectou no Brasil em 4 meses mais que Dengue e H1N1. Já matou mais que enfarto, AVC e que acidentes de trânsito ocorridos em todo 2019, portanto NÃO É UMA GRIPEZINHA. 3. As maiores autoridades da pesquisa científica brasileira e internacional estão debruçadas no estudo do coronavírus e ainda não tem estudos conclusivos. É  preciso então tomar cuidado com pseudo- teóricos locais sem notoriedade e suas pseudo-teorias que só servem para confundir a população. 4. O CORONAVÍRUS NÃO VAI PARAR SOZINHO, ELE TEM QUE SER PARADO. 5. As únicas formas de barrar a contaminação são o ISOLAMENTO, o DISTANCIAMENTO SOCIAL, a PROIBIÇÃO  DAS AGLOMERAÇÕES e a RESTRIÇÃO DA CIRCULAÇÃO DE PESSOAS somente para as atividades básicas. 6.Não existem leitos de UTI suficientes se todos o

A América sem ar

Imagem do filme Human : Torre humana típica da Catalunha (Tarragona) Os acontecimentos mundiais parecem sempre andando em círculos, em sobe e desce ou num vai e vem para diante e para trás. Quando se iniciou o século XXI tínhamos esperanças, porque afinal os anos dois mil traziam no inconsciente coletivo boas promessas para o milênio. Na realidade houve muitos avanços civilizatórios ao mesmo tempo que conflitos e atentados terroristas ainda se desenrolaram ao redor do mundo como o famoso ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center em Nova York em 2001 e o eclodir da guerra civil na Síria em 2011.  Mas a despeito da evolução do conhecimento, na obtenção de riqueza e de novas tecnologias o homem não avançou naqueles que foram os valores norteadores da Revolução Francesa propostos em 1789, final do século XVIII, Liberdade, Igualdade e Fraternidade . Mais adiante, quase duzentos anos depois em 1948 as Nações Unidas escreveram, ratificaram e proclamaram a Declaração Universal dos Direito

Viver para consumir ou consumir para viver?

Calle Principe, Vigo Nunca fui uma pessoa propriamente consumista ou acumuladora a não ser de livros, embora nem todos eles ainda estejam comigo, muitos acabaram sumindo por doação, empréstimo ou esquecidos em algum canto. Por outro lado, passei muito tempo me deixando alvejar pela publicidade da televisão e do consumo por impulso. Trabalhando desde os vinte e poucos anos e tendo um salário razoável em comparação com a média brasileira, confesso, era a alegria dos vendedores de perfumes, cosméticos, das novidades eletroeletrônicas, de utilidades domésticas, roupas, sapatos, acessórios, etc...Mas, nem de longe me comportava da maneira que observava entre amigas, colegas de trabalho ou conhecidos. Em geral, eu apenas via com normalidade a atitude de pessoas perdulárias e endividadas, aficionadas por marcas de produtos, ostentando coisas muitas vezes incompatíveis com seu ganho mensal ou aventurando-se em negócios de risco. Em alguns grupos sociais esse comportamento é quase uma regra, ge