"Tem um termo altamente importante na filosofia que é o termo BURRICE.
A burrice já foi classificada.
Kant, por exemplo, no ensaio das doenças mentais disse que a burrice é um tipo de doença mental.
Nada contra as doenças mentais, elas podem ser muito ricas, muito interessantes, mas também podem ser muito sofridas.
No entanto, a burrice é algo que em geral não faz sofrer o burro, faz sofrer o outro.
Ela(a burrice)já implica uma falta de abertura para o outro, porque a pessoa inteligente se posiciona na atenção.
A atenção é um signo de inteligência, então eu presto atenção, tento entender, porque eu posso entender.
Aquele que não tenta entender é porque ele não pode entender.
Imaginem a impotência de uma pessoa que não pode entender.
Imaginem como essa pessoa se sente mal, por não ter sequer a esperança de entender o que o outro está falando ou que o outro está mostrando.
A impotência de se colocar no lugar do outro, isso é a burrice.
O burro não conversa, não pergunta, não é curioso, não lê um livro, mas não confundam-no com o tímido. Tímidos todos somos. A timidez é outra coisa.
A burrice é sempre prepotente.
O burro não dialoga.
O burro é aquele que se deixa estagnar em sua prepotente ignorância."
Enquanto a inteligência se move, se transforma e se renova, a burrice não sai do lugar.
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