Pular para o conteúdo principal

A esperança dança...



Durante quatro anos aturamos no osso do peito, como dizem os gaúchos, a truculência, a intolerância, a mortandade por Covid-19, o atraso nas vacinas, a visão da fome, a falta de oportunidades, o salário minguando, os direitos trabalhistas serem confiscados, a Amazônia sendo queimada, os ativistas ambientais serem mortos e a boa política sendo enxovalhada.

Vimos armas em punho desferindo tiros para alvos escolhidos ou aleatórios somente para gastar munição, porque tornou-se uma moda bonita portar uma arma, treinar em clubes de tiro e fazer gestos de armas na mão. Quem e quantos eles pretendiam e pretendem eliminar que necessita tanto treino? A guerra desigual dos "sem armas" contra os "armados" já é um fato e parte do povo continua escolhendo a si próprio como alvo.

Vimos a violência policial, o feminicídio e o racismo no seu estado mais puro.

Vimos o governo explodir de militares em cargos de confiança de governo, quando as Forças Armadas são instituições de Estado, além das mesmas Forças tentarem interferir no Sistema Eleitoral, que não é sua função constitucional.

Vimos a religião sendo mesclada com a política por falsos padres e pastores, bando de impostores, aproveitando-se da fé alheia com o intuito de depreciar costumes, culturas e pontos de vista numa diversidade imensa como a do povo brasileiro.

Vimos a expropriação da bandeira nacional e do verde-amarelo por um grupo de reacionários desvairados em nome de proteger o país de falsas e mentirosas ideologias que nem eles sabem explicar, face seu total desconhecimento da História do Brasil e do mundo.

 Vimos simplificações, generalizações e total falta de cientificismo, racionalidade e empatia para encarar problemas extremamente complexos num país gigante e diverso como o Brasil. 

Fomos ofendidos e atacados frontal e diuturnamente sempre quando o presidente abria a boca a desferir seus impropérios e destilar seu ódio contumaz, porque o ÓDIO foi adotado como política de Estado, com o apoio da mídia, de apoiadores congressistas, do sistema jurídico e de parte da população. Uma fração mais pobre e religiosa foi contaminada pela desinformação—provocada pela mídia  e pelo próprio governo que se aproveitaram de sua incapacidade de senso crítico— e outra mais abastada por interesses econômicos e total aversão ao povo. Ambas contribuíram para dar a tônica da política brasileira dos últimos anos.

Estamos cansados de tanta agressão. A democracia agoniza. A corrupção nunca foi tão escancarada. E já não resta nem mais pedra sobre pedra. Estamos vivendo sob escombros. 

Em 30 de outubro é fora escumalha, fora fascistas, fora embusteiros!

É#LulaPresidente13🌟

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O Morro do Caracol

Foto: Rua Cabral, Barão de Ubá ao fundo e o Mato da Vitória à esquerda Arquivo Pessoal O povoamento de uma pequeníssima área do bairro Bela Vista em Porto Alegre, mais especificamente nas ruas Barão de Ubá que vai desde a rua Passo da Pátria até a Carlos Trein Filho e a rua Cabral, que começa na Ramiro Barcelos e termina na Barão de Ubá, está historicamente relacionado com a vinda de algumas famílias oriundas do município de Formigueiro, região central do Estado do Rio Grande do Sul.  O início dessa migração, provavelmente, ocorreu no final da década de 40, início dos anos 50, quando o bairro ainda não havia sido desmembrado de Petrópolis e aquele pequeno território era chamado popularmente Morro do Caracol. Talvez tenha sido alcunhado por esses mesmos migrantes ao depararem-se com aquele tipo de terreno. Quem vai saber! O conceito em Wikipedia de que o bairro Bela Vista é uma zona nobre da cidade, expressão usada para lugares onde vivem pessoas de alto poder aquisitivo, pode ser ...

O Caderno, escritos do amanhecer

Queria escrever no teu caderno. Naquele que resgatei, antes de ser largado no lixo. Fiz isso talvez, digo talvez, por uma súbita intuição de desfecho. Queria ler e juntar teus pensamentos com os meus, misturando as letras e os manuscritos. Queria poder juntar nossas inspirações, talvez criar um romance, um conto, uma narrativa breve que seja, mesmo que tenhamos estilos diferentes e tua criatividade vá muito além da linguagem e do meu amadorismo. Queria misturar nossos traços, rascunhos,  já quase ilegíveis, formados numa infância onde se fazia caligrafia— isso já faz tanto tempo!—até produzir um texto ao menos coerente e coeso como mandam as leis da escrita. Ou não, pois ainda busco a licença poética dos artistas, que têm liberdade com as palavras, ao contrário das palavras ditas que podem ser a nossa desgraça. Eu precisava do caderno, não para descobrir teus segredos, mas para ter o privilégio de escrever de meu punho, junto ao teu, naquelas folhas amarradas em espiral com uma cap...

2025

  Foto: Pinterest Essa noite eu tive um sonho. 2025 tinha desistido de sua estreia e era 2008 de novo. Não entendi o porquê de voltar 17 anos atrás. Terá sido 2008 um ano cabalístico, com um significado oculto? Ou só um número aleatório? Foi bom ver algumas pessoas conhecidas bem mais jovens, saudáveis, outras vivas e alegres. Eu não me vi, pois protagonizava aquele delírio noturno, mas sentia que os 17 anos tinham passado em meu espírito, alojados à força, a despeito da rebeldia do 2025. A humanidade se curva ao tempo, mas no meu sonho pela primeira vez o tempo se curvou à humanidade. Posso até imaginar, o clichê Bebê 2025 espiando o Senhor 2024 antes da meia-noite e vacilando se nascia ou não. Bem, anos não nascem como bebês, são imateriais, mas este talvez tivesse certa racionalidade humana(?), certo sentido de prudência, sensatez e clarividência. É isso, clarividência. A despeito dos melhores augúrios para 2025, ele próprio não estava convencido. Os anos anteriores, principalme...